Para além da pauta: sistemas “alternativos” na representação gráfica do som organizado

  • Enrique Cámara de Landa

Resumo

Este artigo apresenta uma breve reflexão sobre as limitações da pauta na representação do som organizado, com base nas propostas que alguns etnomusicólogos têm desenvolvido para realçar aspectos particulares da música. Para além dos antecedentes considerados –tais como a transcrição sinóptica (Constantin Brăiloiu) e a transcrição paradigmática (Nicolas Ruwet)–, são também analisadas outras propostas como a representação gráfica da estrutura musical (Bernard Lortat-Jacob, Hugo Zemp), o uso de espectrogramas (Charles Seeger, Mireille Hellfer, Lortat-Jacob, Grazia Tuzi), de dispositivos gráficos (Charles Adams), de musemas (Philip Tagg), de sonogramas (Enrique Cámara), da notação de filmes mudos (Gerhard Kubik), e de sistemas locais de notação. De acordo com estas propostas, a procura de superação das limitações da partitura nos processos de representação gráfica da música, mantém a sua eficácia na Etnomusicologia atual (com diferentes objetivos e finalidades). Procura-se, desta forma, demonstrar a pertinência de considerar o lugar ocupado pela utilização destas ferramentas nas tensões e interações entre as perspectivas émica e ética, e a necessidade de conciliar a consistência interna, necessária para qualquer sistema de representação visual do som, com a necessidade de apresentar propostas permanentemente flexíveis baseadas no diálogo intercultural.

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Publicado
2016-08-01
Como Citar
Cámara de Landa, E. (2016). Para além da pauta: sistemas “alternativos” na representação gráfica do som organizado. El oído Pensante, 4(1). Recuperado de http://revistascientificas2.filo.uba.ar/index.php/oidopensante/article/view/7529