A escuta mediada: um recurso para a ação social

  • Alejandro Ramos-Amézquita
Palavras-chave: terramoto, escuta mediada, ação social, ciborgue

Resumo

No dia 19 de setembro de 2017 um terramoto abalou a zona central do México. Desmoronaram-se sessenta edifícios e cerca de duzentas pessoas morreram. Uma brigada formada por engenheiros de áudio e por engenheiros de som usando os seus equipamentos de áudio ajudou na busca por sobreviventes nos edifícios destruídos pelo terramoto. Neste processo, experimentaram uma possível ruptura epistemológica ao converter a escuta mediada em um recurso para a ação social. Ao atribuir essa outra utilidade ao seu equipamento em um contexto caótico, expandiram as fronteiras da sua profissão, com o uso da tecnologia e a manipulação do seu corpo e da sua escuta para o bem comum, ressignificando assim o hábito da escuta. Para apresentar este caso, foram consultados os trabalhos mais significativos sobre a tecnologia de áudio utilizada em procedimentos de resgate, tendo como marco teórico sociológico a comunicação acústica e a mediação e transformação do corpo através do uso de tecnologia. Para compreender essa transformação da escuta, foi incluído um testemunho de um dos membros da brigada dos “Gorriones Rojos”, para além da revisão de alguns materiais impressos e audiovisuais sobre os indivíduos e as organizações que surgiram como resultado desses esforços.

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Publicado
2019-08-01
Como Citar
Ramos-Amézquita, A. (2019). A escuta mediada: um recurso para a ação social. El oído Pensante, 7(2). Recuperado de http://revistascientificas2.filo.uba.ar/index.php/oidopensante/article/view/7565