Regimes aurales através da escuta musical: ideologias e instituições no século XXI

  • Natalia Bieletto-Bueno
Palavras-chave: auralidade, escuta, estudos sonoros, estudos sensorais, ideologia, instituições

Resumo

Existe um regime aural que afeta a audição musical no século XXI? Se sim, como é que este regime está configurado? Que práticas de escuta são apoiadas por que tipo de instituições e ideologias e vice-versa? Este artigo aproxima possíveis interpretações destas questões, recorrendo às práticas de escuta musical contemporânea. Apresenta uma definição de “regime aural” a partir de três problemas contemporâneos em torno da escuta musical, tais como o efeito da ideologia do multiculturalismo no estabelecimento deste regime, o papel de diferentes indústrias (música, entretenimento e turismo) e instituições (universidades, centros culturais e arquivos) no estabelecimento de pedagogias de escuta musical, bem como na construção de subjetividades musicalmente mediadas. Faço uma revisão de debates em curso como a geração de julgamentos estéticos sobre a música não-ocidental e a sua relação com uma possível “condição pós-moderna” (García 2012), a onipresença de diversas músicas –e não tão diversas– e o problema resultante da audição musical atenta (Kassabian 2013), o papel das tecnologias de escuta musical (Erickson e Johanson 2017), e o debate sobre a agência do eu perante o dilema do que escutar e não escutar (Filipovic 2012, Lipari 2014).

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Publicado
2019-08-01
Como Citar
Bieletto-Bueno, N. (2019). Regimes aurales através da escuta musical: ideologias e instituições no século XXI. El oído Pensante, 7(2). Recuperado de http://revistascientificas2.filo.uba.ar/index.php/oidopensante/article/view/7563