A arte da performance e o paradoxo de Diderot: aproximando o músico do ator e a(s) prática(s) interpretativa(s) das artes cênicas

  • Frank Michael Carlos Kuehn
Palavras-chave: paradoxo do ator, Denis Diderot, interpretação e / ou performance musical, artes cênicas, teoria da performance

Resumo

  Denis Diderot, filósofo proeminente do Iluminismo setecentista francês e o principal organizador da Encyclopédie, apresenta, em seu Paradoxo sobre o comediante, uma importante reflexão sobre o ofício do ator, a atitude que este deve assumir ao representar diferentes papéis e a função social da sua atuação. Em oposição a Rousseau e aos românticos que o sucederam no século XIX, Diderot argumenta que o bom ator deve se pautar antes por uma atitude de distanciamento emocional do que pelo arrebatamento compulsivo de sentimentos e paixões. Sem querer eclipsar as diferenças específicas que existem entre o ofício do músico-intérprete e o do ator, suas afinidades se evidenciam sobretudo no campo da performance, bem como na atitude e papel social que ambos assumem no palco ao interpretar uma obra previamente concebida e codificada. Considerando que o lado performativo da prática musical, exceções à parte, ainda está constituindo um aspecto relegado no ensino da música, destacamos a importância dos elementos da performance no que respeita às categorias corporais da presença, da mímica e da gestualidade. Em suma, no ano do tricentenário de Diderot, trata-se de demonstrar que as artes cênicas podem contribuir de forma relevante para o entendimento e o aprimoramento da performance musical.

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Publicado
2013-08-05
Como Citar
Kuehn, F. M. C. (2013). A arte da performance e o paradoxo de Diderot: aproximando o músico do ator e a(s) prática(s) interpretativa(s) das artes cênicas. El oído Pensante, 1(2). Recuperado de http://revistascientificas2.filo.uba.ar/index.php/oidopensante/article/view/7077