Práticas de resiliência e transformação em comunidades ribeirinhas amazônicas

Palabras clave: Palabras claves: Impactos socioambientales. Políticas públicas. Diálogo. Acción.

Resumen

O artigo expõe e reflete sobre práticas desenvolvidas por duas comunidades de ribeirinhos da Amazônia, no município de Porto Velho, Rondônia, e sobre projeto universitário de pesquisa, ensino e extensão que observa e interage com essas práticas. As comunidades de São Carlos e Cavalcante, à semelhança do conjunto das comunidades ribeirinhas na Amazônia Legal, sofrem pressões movidas por ocupações ilegais de terras públicas, desmatamento predatório, garimpagem e outros impactos sobre seu modo de vida associado à natureza. Além dessas agressões, as duas comunidades são continuamente desassistidas por políticas públicas, no sentido da carência na acessibilidade a serviços de saúde, educação e outros requisitos básicos. Os ribeirinhos manifestam práticas de resiliência e, junto aos pesquisadores, eles têm desenvolvido diálogos que tratam de questões acerca desse quadro adverso, vertendo suas compreensões para a forma de ações com intenção transformadora.

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Biografía del autor/a

Lucileyde Feitosa Sousa, Fundação Universidade Federal de Rondônia, Departamento Acadêmico de Geografia, Porto Velho, RO, Brasil.
Professora no Departamento de Geografia da Universidade Federal de Rondônia, Brasil. Licenciada em Geografia, Doutorado e Pós-Doutorado em Geografia. l
Nelson Rego, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Geociências, Porto Alegre, RS, Brasil.
Professor no Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil. Bacharel em Geografia, Doutorado e Pós-Doutorado em Educação.

Citas

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Publicado
2024-11-14
Cómo citar
Feitosa Sousa, L., & Rego, N. (2024). Práticas de resiliência e transformação em comunidades ribeirinhas amazônicas. Punto Sur, (11), 180-201. https://doi.org/10.34096/ps.n11.14482