<i>Locateli, guisacho, bailongo</i> e outras derivações apreciativas no espanhol coloquial rioplatense

  • Andrea Bohrn
Palavras-chave: morfologização, gramatizalização, morfologia apreciativa, espanhol coloquial rioplatense

Resumo

No presente artigo, descrevemos e analisamos o uso de terminações como -eli (crudeli), -oni (fiaconi) ou -ola (gratarola) e morfemas como -ucho/-acho (zurdacho) e -ng- (blandengue). Consideramos que estes são três recursos vinculados ao âmbito da morfologia apreciativa que, da mesma forma que o “vesre” ou a paronomásia, são utilizados para expressar valores afetivos, depreciativos ou atenuativos. No primeiro caso, os formantes italianos surgem a partir da paronomásia adjetivo e nome próprio (loco/Locatelli > locateli) e de um processo de reanálise (Di Tullio, 2014), que determina a morfologização da sequência final, isto é, -eli. No segundo caso, se observa uma progressão particular entre -ucho, -cho e seus alomorfes, que parte do valor depreciativo do espanhol geral (papelucho), se estende à formação afetiva dos hipocorísticos (Pablucho) e, em particular, no âmbito do espanhol coloquial do Rio da Prata, aplica-se a nomes comuns ou adjetivos, com valor pejorativo e inclusive, afetivo ou de autovalorização positiva (peroncho, zurdacho, comunacho). Finalmente, descrevemos o funcionamento do morfema -(vogal)ng-, que se vincula, fundamentalmente, com o valor atenuativo. Do mesmo modo, estes fenômenos apresentam uma produtividade delimitada e constituem um conjunto de recursos apreciativos fortemente associados ao espanhol coloquial rioplatense ou lunfardo. 

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Como Citar
Bohrn, A. (1). <i>Locateli, guisacho, bailongo</i&gt; e outras derivações apreciativas no espanhol coloquial rioplatense. Signo Y seña, (32), 21-43. https://doi.org/10.34096/sys.n32.4108
Seção
Dossier. El lunfardo como argot común de grupos