Diversidade linguística em jornais fronteiriços: Política de línguas e decisões editoriais

  • Andréa Weber

Resumo

Este trabalho apresenta pesquisa sobre a participação das línguas nas decisões editoriais de jornais da fronteira do Brasil com a Argentina e com o Uruguai. Seu objetivo é entender a relação política de línguas-política editorial de jornais que circulam em áreas caracterizadas por contatos linguísticos. A pesquisa se filia ao campo de estudos da Política de Línguas, dialogando com autores como Orlandi (2002) e Guimarães (2005). Coletaram-se dados sobre o uso de línguas por meio de entrevistas semiestruturadas com diretores e jornalistas de sete jornais fronteiriços, realizadas em abril de 2012. Analisando-as, identificou que o uso das línguas constitui uma estratégia comercial, sendo a política de línguas do jornal definida a partir da projeção editorial que se faz sobre a língua do público. Em geral, estabelece-se uma relação direta entre a língua, a nacionalidade do público-alvo e a área de circulação do jornal. Nessa relação, três noções são sobrepostas: 1) língua nacional, 2) território nacional e nacionalidade, a despeito dos contatos linguísticos locais.

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Como Citar
Weber, A. (1). Diversidade linguística em jornais fronteiriços: Política de línguas e decisões editoriais. Signo Y seña, (28), 259-273. https://doi.org/10.34096/sys.n28.3182
Seção
Artículos