A topologia das linhas aéreas no Brasil: novas lógicas do poder territorial

  • Ana Paula Camilo Pereira
  • Hervé Théry

Resumo

Discutir as estratégias empresariais no setor de transporte aéreo brasileiro requer considerar a atuação das principais empresas do mercado: Latam, Gol, Avianca e Azul. Suas atuações estão concentradas nos principais aeroportos do país, sobretudo nos fixos aeroportuários localizados na Região Concentrada. Essa configuração territorial dos voos se constitui em uma tendência que vem desde a atuação da companhia Varig que centralizava seus voos nos principais hubs do Brasil, passando de uma base regional a ser reconhecida mundialmente antes de entrar em falência, ponto final da expansão e encolhimento de sua rede aérea. Hoje, o que temos observado é que há uma nova lógica do capital que tem redefinido esta topologia aérea dos voos com distribuição a partir dos aeroportos localizados na Região Concentrada do país. Nota-se uma rearticulação territorial, a partir de uma relativa descentralização das ligações nacionais num processo de valorização da escala regional, a exemplo da companhia Azul, que aumentou exponencialmente o serviço aéreo onde verificou uma ociosidade da demanda. Desse modo, este artigo objetiva, a partir de uma abordagem histórico-geográfica, analisar e discutir o setor aéreo brasileiro como forma de verificar de que modo a estratégia articula a dinâmica do capital à um poder territorial. 

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Publicado
2019-04-01
Como Citar
Camilo Pereira, A. P., & Théry, H. (2019). A topologia das linhas aéreas no Brasil: novas lógicas do poder territorial. Revista Transporte Y Territorio, (20), 91-109. https://doi.org/10.34096/rtt.i20.6385