Encontros, discussões e desafios no trabalho antropológico contemporâneo

(Sobre a Primeira Conferência Nacional de Migração e Refúgio)

  • Silvia Zelaya Universidad de La Laguna
Palavras-chave: Políticas migratórias, Práticas institucionais, Tecnologias de controle, Refúgio, Trabalho antropológico

Resumo

Entre os anos 2014 e 2016 acompanhei as demandas de ativistas pelos direitos dos migrantes –pessoas de congregações religiosas, de organizações não governamentais, de movimentos de imigrantes e pesquisadores– em Porto Alegre e San Pablo. No final de maio de 2014, foi realizada nessa cidade a Primeira Conferência Nacional sobre Migração e Refúgio. Este artigo retoma cenas do meu trabalho de campo no Brasil relacionado à Conferência, para revelar algumas formas de trabalho antropológico em meio às práticas institucionais. Entendendo essas práticas como tecnologias de controle, defendo que há duas formas de fazer e pensar as políticas migratórias: a encarnada pela Conferência Nacional e a encarnada pelos migrantes e refugiados que vivem no centro de San Pablo. Dois modos de luta que apresentam diferentes tensões e desafios no trabalho antropológico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Silvia Zelaya, Universidad de La Laguna
Doctora en Antropología Social (Universidad Federal do Rio Grande do Sul, 2017). Licenciada en Sociología (Universidad de la Laguna, 2008). Máster en Gobernanza y Derechos Humanos (Universidad Autónoma de Madrid, 2011) y Máster en Investigación Etnográfica, Teoría Antropológica y Relaciones Interculturales (Universidad Autónoma de Barcelona, 2010).

Referências

Agier, M. (2006). Refugiados diante da nova ordem mundial. Tempo Social: Revista de Sociologia da USP, 18(2), 197-215. Recuperado de http://www.revistas.usp.br/ts/article/view/12521 http://www.scielo.br/pdf/ts/v18n2/a10v18n2

Domenech, E. (2013). Las migraciones son como el agua: Hacia la instauración de políticas de "control con rostro humano": La gobernabilidad migratoria en la Argentina. Polis. Revista Latinoamericana, 12(35), 119-142. Recuperado de https://journals.openedition.org/polis/9280

Estalella, A. y Corsín Jiménez, A. (2013). Asambleas al aire: La arquitectura ambulatoria de una política en suspensión. Revista de Antropología Experimental, 13. Volumen monográfico: Etnografías de la indignación, 73-88.

Feldman-Bianco, B. (2016). Memórias de luta: Brasileiros no Exterior (1993-2010). Remhu-Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana, 24(48), 45-61. Recuperado de http://www.redalyc.org/pdf/4070/407048610004.pdf

Fonseca, C. y Cardarello, A. (1999). Direitos dos mais e menos humanos. Horizontes antropológicos, 5(10), 83-121.

Franzé, A. M. (2013). Perspectivas antropológicas y etnográficas de las políticas públicas. Revista de Antropología Social, 22, 9-23. Recuperado de https://revistas.ucm.es/index.php/RASO/article/view/43771

Gatti, G. (2016). El misterioso encanto de las víctimas. Revista de Estudios Sociales, 56(1), 117-120. Recuperado de https://revistas.uniandes.edu.co/doi/full/10.7440/res56.2016.09

Gavazzo, N. (2016). Música y danza como espacios de participación de los jóvenes hijos de migrantes bolivianos y paraguayos en buenos aires (argentina). Revista del Museo de Anropología, 9(1), 83-94.

Jardim, D. (2013). Os Direitos Humanos dos imigrantes: Reconfigurações normativas dos debates sobre imigrações no Brasil contemporâneo. Densidades, 14, 67-85. Recuperado de http://denisejardim.wixsite.com/antropologa/articles

Jardim, D. (2017). Imigrantes o refugiados? Tecnologias de controle e as fronteiras. Jundial: Paco Editorial.

Magliano, M. J. y Clavijo, J. (2013). La OIM como trafficking solver para la región sudamericana: sentidos de las nuevas estrategias de control migratorio. En G. Kasarik (Org.), Migraciones internacionales: reflexiones y estudios sobre la movilidad territorial contemporánea (pp. 129-148). Buenos Aires: Fundación Ciccus.

Mansur Dias, G. y Sprandel, M, (2011), Reflexões sobre políticas para migrações e tráfico de pessoas no Brasil. Remhu - Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana, 37, 59-77.

Mitchell, T. (2006). Society, Economy and the State Effect. En: Sharma, A. y Gupta, A. (Eds.), The Anthropology of the State: a reader (pp. 169-186). Oxford: Blackwell Publishing.

Piscitelli, A. (2008). Entre as "mafias" e a "ajuda": a construção de conhecimento sobre tráfico de pessoas. Cadernos Pagu. São Paulo, n. 31, 29-63.

Piscitelli, A. y Lowenkron, L. (2015). Categorias em movimento: a gestão de vítimas do tráfico de pessoas na Espanha e no Brasil. Ciência e Cultura, 2(67), 35-39.

Quirós, J. (2014). Etnografiar mundos vívidos. Desafíos de trabajo de campo, escritura y enseñanza en antropología. Publicar en Antropología y Ciencias Sociales, 17, 47-65. Recuperado de http://hdl.handle.net/11336/50883

Sharma, A.; Gupta, A (2006). Rethinking Theories of The State in the Age of Globalization. En: Sharma, A. y Gupta, A. (Eds.), The Anthropology of the State: a reader (pp. 1-41). Oxford: Blackwell Publishing.

Schindel, E. (2016). Migrantes y refugiados en las fronteras de Europa. Cualificación por el sufrimiento, nuda vida y agencias paradójicas. Revista de Estudios Sociales, 59, 16-29.

Spivak, G. (1988) "Can the Subaltern Speak?" Marxism and the Interpretation of Culture. Eds. Cary Nelson and Lawrence Grossberg. Urbana: U of Illinois.

Sprandel, M. A. y Mansur Dias, G. (2010). A temática do tráfico de pessoas no contexto brasileiro. Remhu - Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana, 35, 155-170.
Publicado
2020-06-06
Como Citar
Zelaya, S. (2020). Encontros, discussões e desafios no trabalho antropológico contemporâneo. RUNA, Archivo Para Las Ciencias Del Hombre, 41(1), 37-50. https://doi.org/10.34096/runa.v41i1.8132