Por traz das pegadas do silencio: Potosí, os Incas e o Toledo

  • Tristan Platt University of St Andrews (Escocia)
  • Pablo Quisbert Universidad Mayor de San Andrés (La Paz)
Palavras-chave: incas, espanhóis, Potosí (século XVI), dissimulação de minas, silêncios históricos, historia de mitos

Resumo

Por que os senhores aymaras de Charcas e o Inca Paullo, depois de entregar as minas de prata de Porco a Hernando Pizarro em 1538, ficaram em silencio em relação ao Potosí (distante a umas poucas léguas) que não foi descoberta até abril de 1545? Resumindo um mosaico de dados aparentemente sem conexão, este artigo revisa as versões correntes em relação à descoberta do morro e se questiona em relação ao curioso silêncio presente nas fontes. Reconstruindo uma rede antes desconhecida de incas e espanhóis, a proposta é que, mais que a descoberta providencial de um yanacona isolado (a versão recebida), Potosí manifestou-se como a continuação da política de “obediência” subjacente na entrega de Porco, então dirigida pelo rival do Inca Paullo: o Inca Manco, refugiado em Vilcabamba. Essa política do Manco tinha como intuito apoiar ao Rey e ás Nuevas Leyes (1542) em contra da maior ameaça representada por Gonzalo Pizarro e os encomenderos. Este artigo comenta, também, a promoção toledana da “leyenda providencial”, mas considerando a interpretação de Guaman Poma em relação à entrega de Potosí como uma iniciativa dos incas, os quais.... Esta versão concorda com as últimas pesquisas geológicas e arqueológicas.

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Publicado
2010-12-30
Como Citar
Platt, T., & Quisbert, P. (2010). Por traz das pegadas do silencio: Potosí, os Incas e o Toledo. RUNA, Archivo Para Las Ciencias Del Hombre, 31(2), 115-152. https://doi.org/10.34096/runa.v31i2.751
Seção
Espacio Abierto - Artículos Originales