Ação coletiva, vida quotidiana e trajetórias. O caso das assembléias da Cidade de Buenos Aires (2001-2007)

Resumo

Neste artigo analiso as assembléias da Cidade de Buenos Aires que surgiram no contexto do aumento da mobilização social na Argentina em 2001.  Proponho complementar aqueles estudos que refletiram sobre as assembléias como um movimento social. Em vez de focalizar a análise sobre os incentivos que mobilizaram os indivíduos para à ação, sobre o impacto no sistema político e nos contextos que possam facilitar a formação da ação coletiva, a minha proposta é me aprofundar nos sujeitos e os processos de interação, nas práticas, nos significados e nas trajetórias. Desde um abordagem antropológico relacional, tenho como objetivo explorar as práticas cotidianas, as relações sociais e nos sentidos que, de maneira cotidiana, os sujeitos põem em jogo. Analiso, também, como as trajetórias dos sujeitos foram incorporados na esfera coletiva interagindo com a vida cotidiana, sendo que, ao mesmo tempo, a experiência das assembléias redefiniu e repercutiu na vida dos seus membros.