Categorias raciais em Buenos Aires. Negritude, branquidade, afrodescendentes e mestiçagem na cidade capital branca

  • Lea Geler CONICET/UBA
Palavras-chave: Branquidade e Negritude, Mestiçagem, Afro-descendentes, Racismo, Buenos Aires

Resumo

Este artigo analisa como as categorias raciais são produzidas e reproduzidas em Buenos Aires, capital da Argentina, considerada um exemplo de cidade “branca e europeia”. Para o efeito, o artigo centra-se nos casos de três mulheres afro-descendentes porteñas que, para os padrões hegemónicos locais, são consideradas totalmente brancas. Suas histórias permitem-nos explorar, em primeiro lugar, a maneira em que categorias como “negro” e “branco” são utilizadas e compreendidas na cidade de Buenos Aires atual e como este uso configura uma ideia de branquidade que dificulta a compreensão do padrão racial mestiço além de criar duas formas de negritude: a negritude “racial” e a negritude “popular”. Em segundo lugar, a análise destes casos permite compreender como os “modos de ser” esperáveis numa sociedade que valoriza a branquidade sem permitir a existência de ambiguidades, são permanentemente controlados, traçando vivências ligadas ao disciplinamento e às práticas de esquecimento.

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Biografia do Autor

Lea Geler, CONICET/UBA
Dra. en Historia y Lic. en Antropología Social. Investigadora adjunta de Conicet. Investigadora del Instituto Interdisciplinario de Estudios de Género (UBA)
Publicado
2016-07-18
Como Citar
Geler, L. (2016). Categorias raciais em Buenos Aires. Negritude, branquidade, afrodescendentes e mestiçagem na cidade capital branca. RUNA, Archivo Para Las Ciencias Del Hombre, 37(1), 71-87. https://doi.org/10.34096/runa.v37i1.2226
Seção
Espacio Abierto - Artículos Originales