A alteridade da idade

(Antropologia e teoria queer contra as estruturas temporais do humano)

  • Paüla Nurit Shabel Instituto de Ciencias Antropológicas, Facultad de Filosofía y Letras, Universidad de Buenos Aires Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas https://orcid.org/0000-0002-0870-6409
Palavras-chave: alteridade, idades, tempo, antropologia, teoria queer

Resumo

O objetivo desta reflexão teórica e análise bibliográfica é estudar a maneira pela qual sociedades ocidentais construíram a alteridade em sua dimensão etária. Com base nos estudos queer/cuir e em uma revisão da noção de alteridade temporal desenvolvida por o antropólogo Johannes Fabian, levanta-se a hipótese de que a noção de tempo cumulativo normalizou os estágios da vida a serviço da produtividade do capital, concedendo o monopólio do presente a um único grupo - o adulto - e deslocando a velhice para o passado e a infância para o futuro, negando sua existência atual e forjando estruturas temporais que definem o que é ser humano. O trabalho termina com um apelo à democratização da idade do presente e uma pergunta sobre a invenção de um tempo vital diferente, no qual não precisamos medir os anos de um corpo para reconhecê-lo como um ser humano pleno e igual.

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Biografia do Autor

Paüla Nurit Shabel, Instituto de Ciencias Antropológicas, Facultad de Filosofía y Letras, Universidad de Buenos Aires Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
Doctora en Antropología por la UBA y magíster en Psicología del Conocimiento por FLACSO. Docente e investigadora asistente en CONICET estudiando temas vinculados a los afectos y vínculos intergeneracionales, las epistemologías y pedagogías no adultocéntricas y la acción política infantil. Militante antiedadista en AulaVereda.
Publicado
2024-07-04
Como Citar
Shabel, P. N. (2024). A alteridade da idade. RUNA, Archivo Para Las Ciencias Del Hombre, 45(2), 195212. https://doi.org/10.34096/runa.v45i2.13628