A Marcha, a Massa, as Águas Dançantes: Memórias heterogêneas em tempos e espaços concentrados
Resumo
Este trabalho apresenta uma análise etnográfica da Marcha em “24 de março” de 2013, na cidade de Córdoba, na ocasião de um novo aniversário do último golpe de Estado na Argentina. Essa Marcha coincidiu com o anúncio do cardeal Bergoglio como Papa e a festa católica do Domingo de Ramos; gerando uma confluência particular de celebrações e tensões. Proponho algumas contribuições para reflexões teóricas sobre as formas de construção e circulação de memórias coletivas do passado recente na Argentina. Em particular, eu apresento aqui alguma tensão entre construção da memórias, rituais, espacialidades e temporalidades. Eu tento mostrar como a marcha é uma ritual que expressa e constrói uma comunidade política particular, com a sua homogeneidade e heterogeneidade, acordos e disputas. Mas também tentar promover a reflexão sobre o “fora” da marcha, as tensões e indiferenças entre diferentes comunidades de memórias que confluem sem solução aparente da continuidade no espaço e tempo concentrados.Downloads
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