A origem das virtudes dianoéticas em Abelardo

  • Guy Hamelin Universidade de Brasília
Palabras clave: ABELARDO, VIRTUDES, ÉTICA, DIANOÉTICA, PRUDENTIA

Resumen

Abelardo apresenta uma ética inspirada na teoria volitiva de Agostinho e na ideia aristotélica da virtude. A Estagirita não considera as virtudes morais como conhecimento e acredita, em vez disso, que elas são um habitus (ἕξις) adquirido e conquistado pelo esforço e pela prática (ἔθος). Entre as quatro virtudes cardeais, a prudência não constitui uma virtude moral, mas uma dianoética que pertence ao campo das virtudes intelectuais. No entanto, essa qualidade é diferente porque é a única virtude intelectual que se aplica à vida prática (πρᾱξις). Ao retomar parcialmente o modelo aristotélico, Abelardo acredita, por sua vez, que a prudência (prudência) não é, a rigor, uma virtude e lhe confere um status particular. Portanto, ele não segue mais a distinção de Aristóteles entre diferentes tipos de virtude, nem aceita a explicação de sua natureza. Neste artigo, primeiro examinamos a própria teoria aristotélica da virtude, mostrando principalmente a diferença entre virtude moral e virtude dianoética. Em seguida, tentamos entender melhor a visão de prudência abelardiana, que se afasta do pensamento de Aristóteles, segundo a qual a prudência é claramente uma virtude. Aproveitamos a oportunidade para levantar algumas hipóteses sobre a distância que Abelardo mantém de seu professor inspirador.

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Publicado
2018-10-01
Cómo citar
Hamelin, G. (2018). A origem das virtudes dianoéticas em Abelardo. Patristica Et Mediævalia, 39, 41-62. Recuperado a partir de http://revistascientificas2.filo.uba.ar/index.php/petm/article/view/7368
Sección
Artículos