Policía y ladrón

Un enfoque etnográfico en investigación con múltiples métodos

  • Gabriel Feltran Universidade Federal de São Carlos
  • Luana Motta Universidade Federal de São Carlos

Resumen

Este artigo reflete sobre as associações metodológicas necessárias para compreender um fenômeno social tão complexo quanto a letalidade policial no Brasil. Mais especificamente, detemo-nos sobre a reação policial e repressiva aos roubos e furtos de veículos, em São Paulo. Metodologicamente, mobilizamos uma abordagem etnográfica, com reconstrução de jornadas típicas, que não se furta de utilizar outras técnicas de pesquisa, todas submetidas à reflexividade própria da observação participante e das epistemologias compreensivas. Do ponto de vista dos conteúdos, indissociáveis de qualquer reflexão teórico-metodológica, argumentamos que as taxas de letalidade policial não estão “fora de controle” ou revelam “desvio” na atuação policial. Essa letalidade, ao contrário, tem padrões muito claros de seletividade, recorrência e legitimação social, que apresentamos neste artigo articulando dados etnográficos a uma série de dados quantitativos oficiais, seja do perfil socioeconômico de regiões da cidade, seja de diferentes tipos de atividade criminal e policial.

Descargas

La descarga de datos todavía no está disponible.

Citas

Alleyne, B. 2014. Narrative Networks: Storied Approaches in a Digital Age London: SAGE Publications Ltd.

Appadurai, A. (1986). The Social Life of Things New York: Cambridge University Press.

Araujo, M. C. (2017). House, tranquility and progress in an ‚área de milícia‘. Vibrant, 14, 132-148.

Biderman, C., De Mello, J. M. P., Lima, Renato S. e Schneider, A. (2019). Pax Monopolista and Crime: The Case of the Emergence of the Primeiro Comando Da Capital in São Paulo. Journal of Quantitative Criminology, 35(3), 573-605. doi: https://doi.org/10.1007/s10940-018-9393-x

Bourdieu, P. (1997). Efeitos Do Lugar. Em A Miséria Do Mundo, pp. 159-175. Petrópolis: Vozes.

Bueno, S., Marques, D., Pacheco, D. y Nascimento, T. (2019). Análise da letalidade policial no Brasil. Anuário Brasileiro de Segurança Pública São Paulo: Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2019. Recuperado de http://www.forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2019/10/Anuario-2019 FINAL_21.10.19.pdf

Cefaï, D. (2002). Qu’Est-Ce Qu’une Arène Publique? Quelques Pistes Pour Une Approche Pragmatiste. Em D. Cefaï e I. Joseph (Ed.) L’Héritage Du Pragmatisme: Conflits d’urbanite et Epreuves de Civisme, pp. 51-82. La Tour d’Aigues: L’Aube.

Cerqueira, D. e Soares, R. R. (2016). The welfare cost of homicides in Brazil: accounting for heterogeneity in the willingness to pay for mortality reductions. Health economics, 25(3), 259-276.

Chalhoub, S. (2018). Cidade febril: cortiços e epidemias na corte imperial Editora Companhia das Letras.

Cordeiro, R. (2018). Trabalho, Violência e Morte: Miséria Da Existência Humana Curitiba: Appris.

Cozzi, E. (2018). De Ladrones a Narcos: Violencias, Delitos y Búsquedas de Reconocimiento en Tres Generaciones de Jóvenes en un Barrio Popular de la ciudad de Rosario (Tesis de Doctorado) Universidad de Buenos Aires.

Diniz, G. Z. (2016). Cidade Dos Homens: Etnografia de Um Salão Masculino Na Periferia de São Paulo Dissertação de mestrado. São Carlos: Universidade Federal de São Carlos.

Duneier, M. (2015). Slim’s table: Race, respectability, and masculinity University of Chicago Press.

Feltran, G. (2008). Fronteiras de Tensão: um estudo sobre política e violência nas periferias de São Paulo São Paulo: Unicamp.

Feltran, G. (2010). Crime e Castigo Na Cidade: Os Repertórios Da Justiça e a Questão Do Homicídio Nas Periferias de São Paulo. Caderno CRH, 23(58), 59-73. doi: https://doi.org/10.1590/s0103-49792010000100005

Feltran, G. (2011). Fronteiras de Tensão: Política e Violência Nas Periferias de São Paulo São Paulo: Editora UNESP/CEM.

Feltran, G. (2019). (Il)Licit Economies in Brazil: An Ethnographic Perspective. Journal of Illicit Economies and Development, 1(2), 145-154. doi: https://doi.org/10.31389/jied.28

Feltran, Gabriel. 2020a. The Entangled City: Crime as Urban Fabric in São Paulo Manchester: Manchester University Press.

Feltran, G. (Org.). Stolen cars -a journey through São Paulo’s urban conflict New Jersey: John Wiley & Sons. No prelo.

Fischer, B. (2004). Quase pretos de táo pobres? Race and social discrimination in Rio de Janeiro‘s twentieth-century criminal courts. Latin American Research Review, 31-59.

Fischer, B. M. (2008). A poverty of rights: Citizenship and inequality in twentieth-century Rio de Janeiro Stanford University Press.

Foucault, M. (1976). Surveiller et Punir Paris: Gallimard.

Freire-Medeiros, B. e Menezes, P. (2016). As Viagens Da Favela e a Vida Social Dos Suvenires. Sociedade e Estado, 31(3), 651-670. doi: https://doi.org/10.1590/s0102-69922016.00030005

Fromm, D. (2019). Creating (Il)Legal Markets: An Ethnography of the Insurance Market in Brazil. Journal of Illicit Economies and Development, 1(2): 155-163.

Godoi, R., Grillo, C., Tonche, J., Mallart, F., Ramachiotti, B. e Pagliari, P. (2020). Letalidade Policial e Respaldo Institucional: Perfil e Processamento Dos Casos de ‘Resistência Seguida de Morte’ Na Cidade de São Paulo. Revista de Estudios Sociales, 73: 58-72.

Goffman, A. (2015). On the run: Fugitive life in an American city Picador.

Henare, A., Holbraad, M. e Wastell, S. (2007). Introduction: Thinking through Things. Em Thinking Through Things: Theorising Artefacts Ethnographically, pp. 1-31. London: Routledge. doi: https://doi.org/10.4324/9780203088791

Hirata, D. (2018). Sobreviver Na Adversidade: Mercado e Formas de Vida São Carlos: EDUFSCar.

Justus, M., Ceccato, V., Moreira, G. C. e Kahn, T. (2018). Crime against trading: The case of cargo theft in Sao Paulo. In Retail crime (pp. 297-323). Palgrave Macmillan, Cham.

Instituto Sou da Paz, (2019). Linha de frente. Vitimização e letalidade policial na cidade de São Paulo. São Paulo. Recuperado de http://soudapaz.org/o-que-fazemos/conhecer/analises-e-estudos/analises-e-estatisticas/letalidade-policial/#documentos-2

IPEA. Atlas da violência 2019 2019. Brasília. Recuperado de https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=34784

Kahn, T. (2013). Crescimento Econômico e Criminalidade: Uma Interpretação Da Queda Dos Crimes No Sudeste e Aumento No Norte/Nordeste. Revista Brasileira de Segurança Pública, 7(1): 152-164.

Knowles, C. (2014). Flip-Flop: A Journey Through Globalisation’s Backroads London: Pluto Press.

Kopytoff, I. (2014). The Cultural Biografy of Things: Comoditization as Process. Em The Social Life of Things, pp. 63-91. Cambridge: Cambridge University Press.

Latour, B. (2005). Reassembling the Social: An Introduction to Actor-Network Theory Oxford: Oxford University Press.

Lessing, B. (2017). Counterproductive Punishment: How Prison Gangs Undermine State Authority. Rationality and Society, 29(3), 257-297. doi: https://doi.org/10.1177/1043463117701132

Machado da Silva, L. A. (2010). “Violência Urbana”, Segurança Pública e Favelas: O Caso Do Rio de Janeiro Atual. Caderno CRH, 23(59), 283-300. doi: https://doi.org/10.1590/S0103-49792010000200006

Maldonado, J. (2020). Jogando meu corpo no mundo: relações entre conflito urbano e acumulação social da diferença (Dissertação Mestrado em Sociologia). Departamento de Sociologia, Universidade Federal de São Carlos. São Carlos.

Manso, B. P. (2002). Ação e Discurso: Sugestão Para o Debate Da Violência. Em N. Vieira Oliveira (Ed.). Insegurança Pública: Reflexões Sobre a Criminalidade e a Violência Urbana, pp. 53-67. São Paulo: Nova Alexandria.

Manso, B. P. e Godoy, M. (2014). 20 Anos de PCC: O Efeito Colateral Da Política de Segurança Pública. Interesse Nacional, 24, 26-35.

Miller, Daniel. 2001. Car Cultures Bloomsbury: UK Academic.

Mintz, S. (2003). O Poder Amargo Do Açúcar: Produtores Escravizados, Consumidores Proletarizados Recife: Editora Universitária UFPE.

Misse, Michel. 2010. Crime, Sujeito e Sujeição Criminal: Aspectos de Uma Contribuição Analítica Sobre a Categoria “Bandido”. Lua Nova, 79, 15-38. doi: https://doi.org/10.1590/s0102-64452010000100003

Misse, M., Grillo, C. e Neri, N. (2015). Les Chiffres Macabres de La Létalité Policière. L’évaluation Juridique Des «Actes de Résistance» à Rio de Janeiro. Sociétés et Jeunesses En Difficulté. Revue Pluridisciplinaire de Recherche, 15, 0-20.

Murray, J., Cerqueira, D. R. e Kahn, T. (2013). Crime and Violence in Brazil: Systematic Review of Time Trends, Prevalence Rates and Risk Factors. Aggression and Violent Behavior18(5): 471-483. Pergamon. doi: https://doi.org/10.1016/j.avb.2013.07.003

Nery, M. B. (2016). Crime e violência no cenário paulistano: o movimento e as condicionantes dos homicídios dolosos sob um recorte espaço-temporal (Tese de Doutorado Universidade de São Paulo).

Nery, M. B., Souza, A. L., Tourinho Peres, M. F., Cardia, N. e Adorno, S. (2014). Homicídios Dolosos Na Cidade de São Paulo: Fatores Associados à Queda Entre 2000 e 2010. Revista Brasileira de Segurança Pública , 8(2), 32-47.

Oliveira, V. C. (2017). Experiências de Mobilização Comunitária Nas Américas: Investigando Desorganização Social e Eficácia Coletiva Por Meio de Dados Do Barômetro Das Américas São Paulo.(Relatório de pesquisa)

Peres Tourinho, M. F., Feliciano de Almeida, J., Vicentin, D., Cerda, M., Cardia, N. e Adorno, S. (2011). Queda Dos Homicídios No Município de São Paulo: Uma Análise Exploratória de Possíveis Condicionantes. Revista Brasileira de Epidemiologia, 14(4), 709-721. doi: https://doi.org/10.1590/S1415-790X2011000400017

Peres Tourinho, M. F. e Nivette, A. (2017). Social Disorganization and Homicide Mortality Rate Trajectories in Brazil between 1991 and 2010. Social Science and Medicine, 190, 92-100. doi: https://doi.org/10.1016/j.socscimed.2017.08.013

Pimentel, A. de P. (2019). Crimes Patrimoniais, Economias Pujantes e Desigualdades Violentas: Analisando Os Dados Sobre o Roubo e o Furto de Veículos No Brasil. Em Bueno, S., Lima, R. Anuário Brasileiro de Segurança Pública, São Paulo, pp. 70-73.

Ruotti, C., Lopes, F. R., Almeida, J., Nasser, M. e Peres, M. F. (2017). A Ocorrência de Homicídios No Município de São Paulo: Mutações e Tensões a Partir Das Narrativas de Moradores e Profissionais. Saude e Sociedade, 26(4): 999-1014. doi: https://doi.org/10.1590/s0104-12902017170254.

Stepputat, F. (2013). Contemporany Governscapes: Sovereign Practice and Hybrid Orders Beyond the Center. Em M. Bouziane, C. Harders e A. Hoffmann (Eds.). Local Politics and Contemporany Transformation in the Arab World - Governance Beyond the Center, pp. 25-42. Palgrave Macmillan, London.

Tsing, A. L. (2015). The Mushroom at the End of the World : On the Possibility of Life in Capitalist Ruins Princeton: Princeton University Press.

Venkatesh, S. A. (1997). The social organization of street gang activity in an urban ghetto. American journal of sociology, 103(1), 82-111.

Whyte, W. F. (2012). Street corner society: The social structure of an Italian slum University of Chicago press.

Willis, G. D. (2015). The Killing Consensus: Police, Organized Crime, and the Regulation of Life and Death in Urban Brazil Oakland: University of California Press.

Wilson, J. (Ed.). (2014). Post-political and its discontents: Spaces of depoliticisation, spectres of radical politics Edinburgh University Press.

Publicado
2021-03-20
Cómo citar
Feltran, G., & Motta, L. (2021). Policía y ladrón. RUNA, Archivo Para Las Ciencias Del Hombre, 42(1), 43-64. https://doi.org/10.34096/runa.v42i1.8647