Carlos Gardel y Pascual Contursi en "Caferata". El intérprete como autor

  • Julio Schvartzman
Palavras-chave: tango, voz, autoria, interpretação

Resumo

O tango Caferata (música de Antonio Scatasso, letra de Pascual Contursi) teria sido concebido como parte da situação dramática do sainete de homônimo nome, estreado em 1927. No entanto, na realidade tinha se incluído um ano antes em outra peça, a revista Saltó la bola, de Contursi, Alippi y Terés. O tango foi interpretado em duas vozes pelas atrizes cantoras Sofia Bozán e Azucena Maizani, cujos personagens disputavam-se, no diálogo e no canto, a preferência de um rufião. Quando pouco tempo depois Carlos Gardel decidiu incorporar Caferata a seu repertório gravado, subsumiu ambas vozes femininas na sua própria, adicionando uma terceira locução, no recitado inicial: um apresentador que dirige-se a Contursi (na realidade, ao ouvinte) para lhe dar um instrutivo de escuta. O procedimento permite pensar na natureza da voz do tango e da música popular em geral, assim como também no caráter dramático da sua enunciação.

Downloads

Não há dados estatísticos.
Como Citar
Schvartzman, J. (1). Carlos Gardel y Pascual Contursi en "Caferata". El intérprete como autor. Zama. Revista Del Instituto De Literatura Hispanoamericana, 7(7), 181-189. https://doi.org/10.34096/zama.a7.n7.2198
Seção
Dossier. Tango: interpretación, autoría y escucha